terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

LUÍS MENDONÇA - NOVO LIVRO

José Luís Mendonça lança amanhã, na sede da União de Escritores Angolanos (UEA), o seu livro de poesia "Angola, Me Diz Ainda".

Para o autor, a poesia e a política entrecruzam-se, havendo sempre uma dose de uma na outra. Deste modo, José Luís Mendonça expõe-se numa poesia de intervenção, "num trabalho literário composto numa linguagem muito particular da angolanidade, tendo como ponto de partida o português e alguma expressividade do quimbundo."

Numa Angola independente, José Luís Mendonça resgata o legado da geração dos anos 40 do século XX, que tinha como missão descobrir Angola. O poeta sente que a missão ainda está inacabada e por isso, o slogan "Vamos Descobrir Angola" continua válido como projeto cultural.

José Luís Mendonça nasceu a 24 de Novembro de 1955, no Golungo Alto, província do Cuanza-Norte. Licenciou-se em Direito pela Universidade Agostinho Neto e é membro da União dos Escritores Angolanos desde 1984, José Luís Mendonça publicou diversos livros com destaque para "Chuva Novembrina" (Prémio de poesia Sagrada Esperança em 1981).
Fonte: "Luís Mendonça lança amanhã livro de poesia", Jornal de Angola, 20/2/2018.

LOPITO FEIJÓO - PRÉMIOS DA LUSOFONIA

O escritor angolano Lopito Feijóo, foi um dos autores distinguidos pelos Prémios da Lusofonia em 2017. Com esta distinção internacional, procurou-se destacar a carreira do poeta, autor de mais de uma vintena de títulos. 
"Imprescindível Doutrina Contra" é o mais recente trabalho poético do autor.
Na mesma ocasião, para além de Lopito Feijóo foram também premiadas e homenageadas outras figuras tais como; a cantora Celina Pereira de Cabo Verde, o ator Rui de Carvalho de Portugal, o embaixador Lauro Moreira do Brasil, o jornalista Gabriel Baget de Angola, o escritor Tony Tcheka da Guiné-Bissau, o escritor Delmar Gonçalves de Moçambique , o escritor Mário Máximo de Portugal, o investigador e o escritor Luís Costa de Timor, dentre outras personalidades das artes e do mundo cultural lusófono.
Fonte: Club-K, 30/8/2017.

ZÉ DU PAU - MÚSICO ANGOLANO

Morreu músico "Zé du Pau" - Angola Press/Youtube


No dia 29 de dezembro de 2017, faleceu José Farto Marques Airosa Ferrão, mais conhecido por Zé du Pau, foi um cantor angolano que se destacou na década de oitenta e no princípio de noventa. Da sua discografia  destacam-se os sucessos “Páginas Rasgadas do Livro da Minha Vida” e "Se te meteres na minha vida".
Zé du Pau começou a sua carreira, em 1970, como guitarra solo do conjunto “Os Corvos”, do qual foi um dos fundadores, com Gildo Costa (vocalista principal e compositor), Zeca Pilhas Secas (viola baixo e ritmo), José dos Santos (vocal), Didino (tambores) e Novato (vocal e dikanza).
O Ministério da Cultura angolano destacou o contributo do cantor na promoção, valorização, preservação e internacionalização da música angolana. 
Fontes: Angop - Agência Angola Press, 29/12/2017; Youtube.

SIMÃO SOUINDOULA (1956-2018) - INVESTIGADOR

Simão Souindoula (1956-2018), investigador angolano. Nasceu no dia 11 de Maio de 1956 em Maquela do Zombo, Província de Uíge.
A sua obra vai da antropologia à linguística angolana, tendo escrito sobre as expressões artísticas, musicologia, literatura, diáspora cultural angolana e a origem angolana do tango argentino.
Sobre a Música Popular Angolana, deixou um estudo biográfico sobre o cantor e compositor, Manuel de Oliveira, eminente guitarrista do grupo São Salvador, fundado em 1949. Deixou ainda a sua marca noutros textos, designadamente “Kimpa Vita, uma tragédia inacabada”, publicado no Jornal de Angola do dia 6 de Abril de 2011, “Sítios e instituições de memória do mundo negro”, comunicação apresentada em conferência temática na África do Sul, e “Norte-americana reedita, em Paris, romance sobre a Rainha Njinga,” apresentado na União dos Escritores Angolanos, em Maio de 2011, sobre o livro “Njinga, Reine d’Angola”, de 1687, obra que contém manuscritos do padre italiano, Cavazzi de Montecuccolo, e prefácio dos historiadores norte-americanos Linda Heywood e John K. Thornton, uma versão mais pormenorizada dos relatos da “Istorica Descrizione de treregni Congo, Matamba e Angola”, do referido padre, editados em 1568.
Simão Souindoula teve uma imensa intervenção académica e institucional, tendo sido entre muitas outras coisas consultor do Centro Internacional de Civilização Bantu, de 1984 a 2006, em Libreville, no Gabão, e Director das suas Produções Culturais onde coordenou durante vinte e dois anos, vários programas de publicações e comunicações científicas, assim como projetos de promoção artística.
Fonte: Club K, 15/1/2018.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

LITERATURA XHOSA


"Xhosa literary history: towards transformation in selected Xhosa novels", Russell H Kaschula


Resumo
"Este artigo traça o desenvolvimento da literatura escrita Xhosa diante de um fundo histórico, construído sobre o trabalho de Albert Gerard. Afirma-se que há cinco eras na literatura Xhosa, começando em 1810 e terminando em 1990 com o que se chama "Era de Transformação". Além disso, os romances Xhosa selecionados são analisados em ordem a refletir e apoiar essas eras de desenvolvimento. A história literária Xhosa é vista como integralmente ligada aos conflitos sócio-políticos e espaciais, que têm ocorrido na sociedade sul-africana."

Fonte: South African Journal of African Languages ,Volume 23, 2003 - Issue 2,
Pages 60-76 | Received 01 Jan 2003, Published online: 24 Oct 2012

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

SARA CARNEIRO - EXPOSIÇÃO "DO NORTE PARA SUL, ENTRE A PAISAGEM E O HOMEM"

Está aberta ao público, na Galeria CCMA - Centro Cultural Moçambicano-Alemão, Moçambique, a exposição de Sara Carneiro "Do norte para sul, entre a paisagem e o homem". Nela, a artista que "encontra nas matérias objectos de interesse que lhe permitem exprimir pensamentos dentro do seu imaginário, faz um retrato introspectivo da sua relação pessoal com Moçambique. Esta exposição reúne diferentes pinturas remetentes à primeira fase de enamoramento pelas planícies moçambicanas. Aos poucos estas obras vão se tornando mais sombrias, afastando-se assim dos céus e aproximando-se de questões de identidade e consciencialização histórica. Este último estágio é composto por diversas obras com óleo queimado negro e autorretratos."
Sara Carneiro nasceu na cidade de Viseu em 1994. Em 2012 prosseguiu os estudos em Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde em 2016 se licenciou no ramo de Multimédia.
Durante o período de estudos participou em diferentes exposições coletivas e individuais tais como: “CARMO é nome de mulher” na Galeria Carmo’81, “Positivo\Negativo” na Galeria Almadas e “The Things We Build” no CACE Cultural no Porto.
Em 2016 trabalhou como assistente no atelier do artista Baltazar Torres e no começo de 2017 viajou para Moçambique para estagiar no Instituto Superior de Arte e Cultura, onde hoje é docente da disciplina de Multimédia.

sábado, 3 de fevereiro de 2018

ZIKISWA WANNER - ESCRITORA

Zukiswa Wanner venceu, em 2015, o Prémio South African Literary Award’s K.Sello Duiker Award com o seu quarto romance, London Cape Town Joburg. Outros romances seus foram finalistas no Commonwealth Best Book (região africana) e no Herman Charles Bosman Awards. Foi membro do júri no 2015 Etisalat Prize for Fiction e  no Commonwealth Short Story Prize 2015. Zukiswa Wanner foi 2016 Danish International Visiting Artist (DIVA).
Participou no Abantu Book Festival 2017, no Soweto.

ZUBEIDA JAFFER - ESCRITORA SUL-AFRICANA

Zubeida Jaffer, jornalista e escritora sul-africana. Zubeida é uma Escritora-em-Residência na University of the Free State, onde trabalha na reformulação do curriculum de jornalismo. O seu livro de memórias, Our Generation, que conta a história da sua viagem ao longo dos anos turbulentos da transição da África do Sul para a democracia, foi traduzido em árabe e publicado no Egito. Escreveu também Love in the Time of Treason, Africa The Untold Story e mais recentemente, Beauty of the Heart: The life and times of Charlotte Mannya Maxeke.
Zubeida Jaffer esteve presente no Abantu Book Festival 2017, no Soweto.

ZETHU MATEBENI - INVESTIGADOR E DOCUMENTARISTA

Zethu Matebeni é coordenador da série Queer em África e leciona no Departamento de Sociologia. Em 2011 Zethu recebeu o Doutoramento no WISER, Wits University e tem pesquisado e publicado temas queer, sexualidade, género, raça, HIV e SIDA, cinema africano, e fotografia.
Zethu, como cineasta documental e organizador de exposições, tem apresentado trabalhos como "Jo’burg TRACKS: Sexuality in the City", e o projeto de livro Reclaiming Afrikan: queer perspectives on sexual and gender identities. A primeira co-produção de Zethu "Breaking Out of the Box: Stories of black lesbians", (40mins, 2011) tem sido exibida local e internacionalmente. Escreveu a curta-metragem "Rise".
Participou na Abantu Book Festival 2017, no Soweto.

ZAKES MDA - ESCRITOR E ARTISTA

Zakes Mda é um escritor, pintor e compositor. Publicou 22 livros, dos quais 10 são romances. As suas obras foram traduzidas em 20 línguas. Foi vencedor de prémios na África do Sul, Estados Unidos da América e Itália, nomeadamente o Amstel Playwright of the Year Award, o Commonwealth Writers Prize for Africa, o M-Net Prize, o Sanlam Prize (twice), The Pringle Award, o Sunday Times Literary Prize, o Zora Neale Hurston/Richard Wright Legacy Award, o Prémio Narrativa Sud del Mondo, o University of Johannesburg Literary Prize, o American Library Association Notable Book Prize e o Sunday Times Barry Ronge Fiction Prize. O seu romance Cion, situada no sudeste de Ohio, foi nomeada para o NAACP Image Award. O seu livro de memórias, Sometimes There Is a Void: Memoirs of an Outsider , publicado pela Farrar, Straus and Giroux, foi o  New York Times‘ Notable Book para 2012. As suas últimas obras são um romance no Ohio rural, Rachel’s Blue (Seagull, 2016) que analisa o que se passa quando um violador luta pelos direitos de paternidade e Little Suns (Penguin Random House/Umuzi 2016), um romance histórico situado no Cabo Oriental, África do Sul, entre 1879 e 1912. 
Zakes Mda tem publicado artigos em jornais académicos, participado em festivais literários, conferências na América do Norte, Europa, América do Sul e Austrália. 
Participou no Abantu Book Festival 2017, no Soweto.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

XOLISA GUZULA - PROFESSORA E ESCRITORA

Xolisa Guzula é uma especialista em literacia precoce, interessada no desenvolvimento da biliteracia, literacia emergente, educação bi/multilingue , linguagem e literacia como prática social.
É contadora de histórias, autora e tradutora de literatura infantil. Xolisa Guzula é uma das fundadoras de uma rede de comunidades de leitura e escrita que têm emergido na África do Sul.
Participou no Abantu Book Festival 2017, no Soweto.

TO MOLEFE - ESCRITOR

TO Molefe é um escritor independente e editor do Collective Media, uma cooperativa que funciona para redação e que fornece conteúdos para publicações e organizações. Foi colaborador do New York Times e do City Press. É autor de "Black Anger, White Obliviousness", um pequeno ebook sobre os efeitos da raça e do racismo no discurso politico e social na África do Sul.
Esteve presente no Abantu Book Festival 2017, no Soweto.

STACEY FRU - ESCRITORA

Stacey Fru tem 10 anos e é autora de dois capítulos de um livro premiado. Escreveu o seu primeiro livro "Smelly Cats", com a idade de sete anos sem o conhecimento dos pais. Atualmente, desdobra-se em numerosas atividades.
Participou na Abantu Book Festival 2017, no Soweto.

SISONKE MSIMANG - ESCRITORA

Sisonke Msimang vive em Perth, Australia, onde dirige o programa do Centre for Stories.  Sisonke estudou em Macalester College, Minnesota e na University of Cape Town, é uma Yale World Fellow, uma Aspen New Voices Fellow, e foi uma Ruth First Fellow na Universidade de Witwatersrand. Colabora com The Guardian, The Daily Maverick e The New York Times. Msimang começou escrevendo Always Another Country, em 2013, como resultado do massacre de Marikana.
Participou no Abantu Book Festival 2017, no Soweto.

SIPHOKAZI JONAS - POETISA

Siphokazi Jonas é formada em Literatura Inglesa, Teatro e Inglês. Como escritora, artista e poetisa, ela escreveu, produziu e realizou três monólogos: “Poetry Under the Stars,” “Conspiracy Theory,” e “Wrestling with Dawn.”
Siphokazi é uma contadora de histórias de coisas do coração e histórias de vida comuns que ela trabalha na poesia e no teatro. A sua experiência de crescer no Komani, no Cabo Oriental, durante os anos de transição para a democracia na África do Sul, tem uma forte influência sobre o tipo de histórias que conta. Nelas surgem questões de fé, identidade, violência baseado no género, alienação cultural e linguística, mulheres negras em espaços rurais e a política do quotidiano.
Participou no Abantu Book Festival 2017, no Soweto.

SINDIWE MAGONA - ESCRITORA

Sindiwe Magona é uma escritora, cuja carreira começou por pequenos artigos para a Raven Press, nos fins da década de 1970. Mais tarde publica a sua primeira autobiografia To My Children’s Children (1990), editada pela David Philips Publishers, seguida pela sequela Forced to Grow (1992). Em 1991, um livro de contos, Living, Loving, and Lying Awake at Night, considerado um dos melhores 100 livros do continente africano. Em 1996, publicou a sua segunda coleção de contos, Mother to Mother. Sindiwe é a autora de Teach yourself Xhosa e de várias loutras obras educacionais para crianças, nomeadamente The Best Meal Ever! e Life Is a Hard but Beautiful Thing , que foram traduzidas em diversas línguas. É ainda autora do romance Beauty’s Gift (2008), que foi finalista para o  2009 Commonwealth Writers’ Prize (Africa), assim como para o Prémio Sunday Times Literary.
Sindiwe Magona participou no Abantu Book Festival 2017, no Soweto.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

SIHLE MTHEMBU - JORNALISTA E REALIZADOR DE CINEMA

Sihle Mthembu é um jornalista e realizador de cinema nascido em Mooi River, Natal Midlands. Em 2009 matriculou-se na Durban University of Technology, onde se graduou com um B-tech em jornalismo. Tem trabalhado como crítico de arte, jornalista de negócios e em vários trabalhos online. O seu trabalho tem aparecido em publicações como Rolling Stone SA, Vice magazine, The Mail and Guardian, The City Press, The Sunday Independent, The independent on Saturday, Mahala, OkayAfrica e em muitos outras.
Em 2015 recebeu o Prémio Silver BASA para o jornalismo de artes. Dirigiu Made in Durban, um documentário sobre os jovens artistas do centro da cidade.
Foi o argumentista de What comes next, uma curta-metragem de ficção científica.
Sihle Mthembu participou no Abantu Book Festival 2017, no Soweto.

SIHLE KHUMALO - ESCRITOR

Sihle Khumalo é o autor de Almost Sleeping My Way to Timbuktu, Heart of Africa e Dark Continent, My Black Arse. Tem escrito pequenos artigos em uMama e Cheesecutters and Gymslips, e colaborou em revistas de viagens. Em 2011, Sihle foi considerado pela revista Destiny um dos 40 sul-africanos mais promissores com menos de 40 anos. Nasceu em Nqutu, uma zona rural de KwaZulu-Natal, frequentou a Natal Technikon (atualmente Durban University of Technology) e a Wits Business School. É casado e tem dois filhos. Vive em Joanesburgo.
Participou no Abanto Book Festival 2017, no Soweto.