terça-feira, 27 de julho de 2010

AZIZA ALAOUI - UMA PINTORA MARROQUINA

Esta pintora marroquina apresentou ao público, recentemente, uma exposição na galeria da Embaixada de Marrocos, na Alemanha, com o sugestivo nome "Encontros".
Segundo Omar Lachheb, as obras de Aziza Alaoui "declinam-se através de reflexos de cores e de luz, como uma forma de diálogo entre as diferentes culturas, e surge delas uma harmonia criativa que valoriza diferentes componentes culturais".
A pintora de cultura universal e cosmopolita, criou uma obra de múltiplos afluentes, como uma árvore, cujas raízes estão em Marrocos, enquanto os ramos estão em contacto com várias civilizações e países, especialmente a Alemanha, país de origem materna e o México onde reside há 18 anos com o seu marido mexicano.
Aziza Alaoui assume-se como sendo um pouco influenciada pelo impressionismo, sem renunciar à sua ligação à corrente abstracta.
Aziza Alaoui viu já as suas obras expostas, em exposições individuais e colectivas, em Marrocos, Espanha, França, México e nos Emiratos Árabes Unidos.
in Agence Maghreb Arab Presse, 24/6/2010.
http://www.map.ma/es/sections/cultura/las_obras_de_la_pint/view

quarta-feira, 14 de julho de 2010

MARLENE DUMAS - PINTORA SUL-AFRICANA EXPÕE NO MUSEU DE SERRALVES

A artista, nascida na cidade do Cabo em 1953, apresenta a exposição "Contra o Muro" que tem como pano de fundo o conflito que opõe Israel e a Palestina. Ao primeiro olhar, os trabalhos poderão ser interpretados como pró-palestinianos. No entanto, não é essa a ideia da artista que como ela diz, o ter vivido o "apartheid" na África do Sul e ter lutado contra esse regime, não fez que visse todos os negros como anjos e os brancos como demónios. Para ela o que está em causa "é o ver o outro como inimigo".
in MARLENE DUMAS UMA PINTORA DA VIDA MODERNA, de José Marmeleiro (textos) e Paulo Pimenta (fotos), ÍPSILON (PÚBLICO), 9/7/2010, pp. 6-11.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

MANIFESTAÇÕES LITERÁRIAS PRECURSORAS DA ANGOLANIDADE

Segundo José Carlos Venâncio, as primeiras manifestações literárias que esteticamente poderão ser consideradas precursoras da angolanidade encontram-se a partir de 1880, num jornalismo que se torna politicamente mais activo e denunciador da situação colonial a que Angola estava submetida, agravada ainda com o fraco desenvolvimento económico-social da potência colonizadora. Os periódicos O Echo de Angola, O Futuro de Angola, , O Pharol de Angola são já praticamente controlados por africanos.
Na imprensa anterior tinham surgido outros títulos: o Boletim Oficial, iniciado, em 1845, pelo governador Pedro Alexandrino da Cunha, foi seguido de muitos outros jornais (A Aurora, O Cruzeiro do Sul, O Echo de Angola, O Pharol de Angola), cujos títulos denunciavam uma carga ideológica influenciada pelas ideias que circulavam na Europa, e em Portugal tinham sido adoptadas pela "geração de 70": o positivismo de A. Comte, o anti-clericalismo, o cientismo.
in José Carlos Venâncio (1992) Uma Perspectiva Etnológica da Literatura Angolana, 2.ª ed., Ulmeiro, Lisboa, p. 20.