domingo, 30 de dezembro de 2012

DEFESA DO PATRIMÓNIO ANGOLANO - PROVÍNCIA DO BENGO



ANTIGA CÂMARA DE AMBRIZ


A Direção Provincial da Cultura do Bengo, através do seu diretor Moisés Kafala, está empenhada em recuperar os seus doze monumentos e sítios históricos, classificados pelo Ministério da Cultura. Neste âmbito, estão a beneficiar de obras o edifício da antiga Câmara de Ambriz, construída entre os séculos XIX e XX; a Igreja de S. José, construída em 1858, localizada em Ambriz; o edifício do Chalé, em Caxito, onde atualmente funciona o Governo Provincial do Bengo. Estão ainda previstas obras de restauração na Igreja de Nossa Senhora Santa Ana, localizada no município de Icolo e Bengo; Igreja de S. João, em Ambriz; e a Casa dos Escravos (Sécs. XVII-XVIII), em Ambriz.
Fonte: Angop, 28/12/2012; Jornal de Angola, 12/5/2010; O Patifúndio, 31/3/2009 (foto da câmara)

LUCAS KATIMBA - ESCRITOR ANGOLANO

O escritor angolano Lucas Katimba publicou, em Huambo, o seu romance Discurso Secreto dos Pássaros. O seu autor descreve-o como sendo uma obra que "retrata o amor ao próximo e a convivência na diferença sem julgar as capacidades dos outros, trazendo mensagens apelativas sobre a necessidade de mudança de comportamento".
Fonte: Angop, 30/12/2012.

JESSÉ CHIVANGO - POETA ANGOLANO

O poeta angolano Jessé Chivango publicou, em Huambo, o livro de poemas Mágoas e Lágrimas. O livro, constituído por seis poemas inéditos, retrata a vivência quotidiana da sociedade e as dificuldades vividas pelo autor desde a sua infância.
Fonte: Angop, 30/12/2012 

sábado, 15 de dezembro de 2012

ANGOLA - LÍNGUAS NACIONAIS EM DEBATE


CIDADE UNIVERSITÁRIA


Na Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto realizaram-se as 2.ªs Jornadas Científicas em que esteve em destaque o ensino das línguas nacionais do país.
Solene Cristo destacou a necessidade da sua valorização, sobretudo entre os mais novos. Por seu lado Maria Nkembe, finalista do curso de Língua e Literatura Portuguesa, apontou a globalização que tem conduzido, sobretudo, à absorção de estrangeirismos.
Por sua vez, o docente de Língua Portuguesa e Bantu, Benjamim Fernandes enalteceu as regiões em que as famílias ensinam aos filhos a língua materna desde tenra idade. O mesmo docente sublinhou o facto de, atualmente, se ensinarem na Faculdade de Letras, as línguas nacionais kicongo, kimbundu, tchokwé e umbundo, e se ministrarem mestrados nas línguas nacionais.
Fonte: Angop, 13/12/2012; Luanda, Cidade Universitária, (foto)

ANA MARIA OLIVEIRA - PUBLICA EM KIMBUNDO, "KAYUKA"



ANA MARIA OLIVEIRA

A escritora angolana Ana Maria Oliveira apresentou a versão kimbundo, uma das línguas nacionais angolanas, da sua obra literária infantil Kayuka.
O livro foi apresentado pelo docente universitário João Pinto que destacou o facto da autora sempre se ter batido pela "implementação das línguas nacionais no processo de ensino/reaprendizagem e na rádio e televisão."
A obra procura demonstrar a vantagem da relação entre diferentes gerações e do homem com a natureza.
Para a autora, a obra Kayuka "reflete o percurso da sua vida profissional, cultural e política, além de evidenciar factos históricos vividos por crianças angolanas que sofreram em consequência da guerra."
Relativamente às outras línguas nacionais, a obra está já vertida para umbundu, havendo já equipas a trabalhar para as versões em kwanhama, nyaneka e kikongo.
João Pinto considerou ainda que "falar línguas nacionais não coloca em causa a língua portuguesa, pelo contrário contribui no enriquecimento na língua de Camões".
Kayuka é composta por uma coleção de cinco obras que vão desde o nascimento de Kayuka, os primeiros passos, a chegada do irmão e ida à escola.
Fontes: Angop, 15/12/2012; Jornal de Angola, 24/6/2012 (foto)


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

ISABEL FERREIRA (1958 - ) - ESCRITORA ANGOLANA



ISABEL FERREIRA

Em Lisboa, na galeria de arte do angolano Troufa Real, foi lançado o último livro de Isabel Ferreira, O Coelho Conselheiro, Matreiro e Outros Contos Que Eu Te Conto. O livro foi impresso pelas edições Kujiza Kuami.
Isabel Vicente Ferreira nasceu em Luanda, em 1958, tendo-se licenciado em Direito, em Angola, e em dramaturgia, na escola superior de teatro e cinema da Amadora, Portugal.
Entre as obras publicadas até agora figuram as seguintes: Obras poéticas: Laços de Amor (1995); Caminhos Ledos (1996);  Nirvana (2004); À Margem das Palavras Nuas (2007). Romances: Fernando d'Aqui; Guardador de Memórias.
Os seus romances são atualmente objeto de estudo na Universidade de York, em Toronto (Canadá), no Brasil e no Chile.
É membro da União dos Escritores Angolanos.
Fontes: Isabel Ferreira - Perfil; Angop, 14/12/2012; Kiangola (foto).

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

MÁRIO FONSECA (1939-2009 ) - POETA CABO-VERDIANO



MÁRIO FONSECA


Mário Alberto de Almeida Fonseca nasceu na cidade da Praia, em Cabo Verde, em 1939. Foi professor de francês no Senegal, e trabalhou na Mauritânia e Turquia como administrador.
Mário Fonseca foi perseguido, em Portugal, durante o salazarismo.
A sua obra ficou espalhada em numerosas revistas e jornais como o «Boletim de Cabo Verde», a Folha literária e «Seló» que fundou nos anos sessenta, juntamente com outros poetas cabo-verdianos Arménio Vieira (Prémio Camões, 2009) e Osvaldo Osório.
Mário Fonseca participou em atividades da Associação de Escritores Afro-Asiáticos (Beijing, 1966), no Simpósio Literário Internacional contra o Apartheid (Brazaville, 1987) e nos Estados Gerais do Livro Francófono (Paris, 1989).
Obra poética: O Mar e as Rosas, que foi confiscado em Lisboa, em 1964, pela polícia política portuguesa, aquando o encerramento forçado da Associação de Escritores Portugueses; Près de la mer; e Mon pays est une Musique et Poissons. Tem a obra traduzida em diversos idiomas.
É irmão do atual Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca.
Fontes: ANTÓNIO MIRANDA; Expresso das Ilhas, 12/11/2012, (foto).

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

AGOSTINHO NETO E A LIBERTAÇÃO DE ANGOLA



AGOSTINHO NETO



Foi apresentado no dia 6, no Centro Cultural de Mindelo, São Vicente, Cabo Verde, o livro Agostinho Neto e a Libertação de Angola (1949-1974) - Arquivos da PIDE-DGS.
Trata-se de uma obra da autoria do jornalista e escritor António Francisco Adão Cortez, constituída por 5 volumes, fruto de uma investigação nos Arquivos da antiga PIDE-DGS.
A edição pertence à Fundação António Agostinho Neto (FAAN) em colaboração com a Fundação Amílcar Cabral, de Cabo Verde.
Agostinho Neto que nasceu em 1922 e faleceu em 1979, liderou o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e foi o primeiro Presidente de Angola (1975-1979. Como escritor deixou uma obra que abrange a poesia e a política.


Fontes:  O PAÍS, 19/11/2012; Wikipédia - Agostinho Neto

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

"POR AQUI TUDO BEM" DE POCAS PASCOAL


POCAS PASCOAL

O filme Por Aqui Tudo Bem da realizadora angolana Maria Pocas Pascoal, juntamente com o filme mexicano Drought, venceram os principais prémios do Festival de Cinema de Los Angeles.
Trata-se da história de duas irmãs que enfrentam dificuldades em Lisboa depois de fugirem à guerra civil em Angola.
Por Aqui Tudo Bem arrecadou o prémio da melhor ficção no festival.
Pocas Pascoal nasceu em 1963, em Angola. Estudou no Conservatório Livre Francês. Em 2002, juntamente com um grupo de artistas da Cité Internationale des Arts tomou parte em várias exposições de arte contemporânea.
Em 2003, dirigiu um documentário Há Sempre Alguém Que Te Ama que foi premiado pela Société Civile des Auteurs Multimedia e foi selecionado para vários festivais.


Fontes: Jornal Zwela Angola, 26/6/2012; Festival Scope.

KANGUIMBO ANANÁS LANÇA NOVO LIVRO




A escritora e psicóloga Kanguimbo Ananás, nascida em 3 de fevereiro de 1959, lançou um novo livro intitulado As Férias de Yahula. Trata-se de uma obra que retrata a história de dois estudantes que durante o tempo de férias, resolveram trabalhar voluntariamente na sua aldeia.
Kanguimbo Ananás tem já outros títulos publicados, como Seios do Deserto, O Avô Sabalo, Soba Kangueia e a Palavra, e O Regresso de Kambongue.

KANGUIMBO ANANÁS

Fontes: Jornal de Angola, 15/11/2012; Jornal de Angola (foto)

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

MEJA MWANGI (1948- ) - ESCRITOR QUENIANO

MEJA MWANGI



Meja Mwangi nasceu a 27 de dezembro de 1948, em Nanyuki, Quénia. Fez os seus primeiros estudos na sua cidade natal. Posteriormente, mudou-se para Nairobi, onde frequentou o Liceu Kenyatta. Trabalhou como operador de som de uma emissora francesa.
Da sua obra fazem parte livros como: Kill me Quick (1973), Carcaça para Cães (1974), The Taste of Death (1975), Going Down River Road (1976).
Venceu por diversas vezes o Prémio Kenyatta e a importância da obra literária de Meja Mwangi foi já reconhecida pela Associação dos Escritores Afro-Asiáticos que o distinguiu com o Prémio Lotus em 1978.
Entre os temas tratados por Meja Mwangi figuram a luta de libertação do povo queniano contra a opressão britânica, as condições de vida dos trabalhadores quenianos, e as dificuldades que os jovens enfrentam face ao caráter anti-humano da sociedade capitalista.
A obra de Meja Mwangi encontra-se traduzida em em alemão, russo, japonês, português.
Fontes: Meja Mwangi, Wikipédia; UNIONVERLAG, foto; Meja  Mwangi (1980), Carcaça para Cães, Lisboa, Edições 70.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

FESTIVAL BERLINDA - EXPOSIÇÃO "DIÁLOGOS"




No âmbito do Festival Berlinda vai estar patente ao público, em Berlim, nos meses de outubro/novembro, uma exposição intitulada "Diálogos" dos pintores Manuela Sambo (Angola) e Pedro Boese (Moçambique).
Manuela Sambo nasceu em 1964, mudando-se em 1984 para a República Democrática Alemã, onde o seu interesse pelas artes visuais foi despertado pela consciência das suas origens africanas. Sambo vive e trabalha em Berlim.

MANUELA SAMBO

Pedro Boese nasceu na Beira, Moçambique e estudou artes plásticas na Universidade das Artes de Maastricht, Holanda, onde se graduou em pintura e gravura. De 1998 a 2001 fez uma pós-graduação no Institut fur Kunst im Kontext da Universidade das Artes de Berlim. O circulo e o retângulo têm um significado relevante nas suas pinturas. Como Sambo, vive e trabalha em Berlim.

grides and groves (2010) de Pedro Boese, foto de Jorg Burggraf (Wikipédia)


ONDJAKI NO FESTIVAL BERLINDA


ONDJAKI, foto de Michael Hughes

O poeta e escritor angolano Ondjaki vai ler e apresentar excertos da sua obra e do seu novo romance Os Transparentes, no Festival Berlinda, em Berlim (6/11/2012).
Ondjaki que também se dedica à atividade teatral e à pintura, nasceu em Luanda em 1977. Começou por fazer os seus primeiros estudos em Angola, seguindo, posteriormente, para Lisboa onde se licenciou em Sociologia.
O seu primeiro livro Actu Sanguíneu foi publicado em 2000. A sua obra está traduzida em diversas línguas, entre elas francês, inglês, alemão, italiano, espanhol e chinês. Em 2010, recebeu no Brasil um dos mais importantes prémios literários brasileiros, o prémio Jabuti, na categoria juvenil, com o romance Avó Dezanove e o Segredo do Soviético. Ondjaki mora atualmente no Rio de Janeiro.
Fonte: BERLINDA, blog.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

ALEX LA GUMA (1925-1985) - ESCRITOR SUL-AFRICANO.



Alex La Guma nasceu na Cidade do Cabo, na África do Sul.
Estudou em Trafalgar High School e em Cape Technical College.
Em 1946 filiou-se na Liga da Juventude Comunista e depois no Partido Comunista, onde militou até à sua ilegalização em 1950.
Trabalhou como empregado de escritório, operário, jornalista, e foi um dos 156 réus no Julgamento da traição (1956-61), tendo sido detido em 1960 e esteve sob prisão domiciliária entre 1962 e 1966 e duas vezes na solitária, antes da família emigrar para Londres, em 1966.
Foi membro da Associação dos Escritores Afro-Asiáticos de que foi secretário-geral, entre outros cargos.
Foi representante do Congresso Nacional Africano (ANC), em Havana (1978-1985).
A Walk in the Night (1962) foi o seu primeiro romance, uma novela sob um bairro degradado da Cidade do Cabo, District Six, no qual ele evoca, em descrições dispersas, mas nitidamente concisas. Os romances de La Guma gravam as iniquidades do apartheid, numa linguagem escrupulosamente detalhada de realismo, mas também afirmam uma fé romântica no potencial para a compaixão das suas personagens.
La Guma recebeu o Prémio Lótus para a Literatura, em 1969.
Da sua obra fazem parte diversos contos publicados em diversas  revistas Black Orpheus, Flamingo, The New African, etc., novelas como Um Passeio na Noite e romances como And a Threefold Cord, The Stone Country, In yhe Fog of Seasons' End e Time of the Butcherbird.
Fontes: Wikipédia, Alex La Guma; Alex La Guma (1979), Um Passeio na Noite, Edições 70, Lisboa; Roger Field, Alex La Guma - A Literary Political Biography (foto)

quinta-feira, 19 de julho de 2012

UANHENGA XITU (1924 - ) - ESCRITOR ANGOLANO



O escritor Uanhenga Xitu, nome Kimbundu de Agostinho André Mendes de Carvalho é considerado um dos escritores angolanos mais originais e carismáticos, cuja obra tem vindo a despertar, progressivamente, vários estudos científicos.
Enfermeiro de profissão, Uanhenga Xitu faz parte dos escritores angolanos que, na clandestinidade, contribuíram para a independência de Angola.
Da sua obra fazem parte livros como Mestre Tamoda (1984).
In WIKIPÉDIA, Uanhenga Xitu; Francisco Macongo, Um novo intelectual, no meio da sanzala, 3/3/2010 (foto)

PEPETELA - ESCRITOR ANGOLANO



Na "Folha de S. Paulo" (1/7/2008) pode ler-se uma breve resenha do livro Predadores, de Pepetela, em que este analisa a sociedade angolana, no período de transição que se viveu a partir de 1974. Aí, relaciona-se Pepetela com o escritor brasileiro Jorge Amado:

"Seu estilo simples e direto do relato faz lembrar a escola de Jorge Amado, homenageado de 2006. As temáticas são as mesmas, as trajetórias de seus personagens tocam pontos comuns [a paixão, o poder, o patriarcado, o dinheiro como força motriz e destruidora], e ambos seguem certa linha do engajamento formal na literatura."

In FOLHA DE S. PAULO, 1/7/2008; WIKIPÉDIA; Pepetela (foto)

TAZUARY NKEITA - EM BERLIM







Tazuary Nkeita esteve em Berlim a convite do Instituto das Ciências Asiáticas e Africanas da Universidade de Humboldt. Aí falou da sua obra e do seu mais recente livro, O Último Segredo.

Nessa sessão literária falou-se de tradições, da independência de Angola, do futuro e da passagem do testemunho.

A anfitriã, Prof. Ineke Phaf-Rheinberger, salientou o papel da tradição angolana na elaboração do livro, declarando acerca da personagem principal, Yanda, o seguinte:

"Yanda é uma derivação da figura mítica de Kianda, uma sereia ou espírito das águas, que também é associada à própria capital do país, Luanda, sinal de um país dividido entre a tradição ancestral e a modernidade."

In BERLINDA, 12/7/2012; Ineke Phaf-Rheinberger, "O Último Segredo", revelado em Berlim; ATURA-LITER-ATURA, 31/12/2010

terça-feira, 17 de julho de 2012

JOSÉ EDUARDO AGUALUSA


A revista brasileira VEJA publicou em 4/6/2010 uma entrevista com o escritor angolano José Eduardo Agualusa efetuada no Festival da Mantiqueira, em São Francisco Xavier.
Nela, entre muitas outras coisas fala da importância do ritmo:

"De que maneira a música reverbera no seu texto?
Eu tenho uma preocupação grande com o ritmo e a melodia interna da frase. Tanto que o livro As Mulheres do Meu Pai teve o primeiro parágrafo, que é escrito em prosa, musicado por um cantor português, João Gil. Num primeiro momento, quando ele me contou que havia musicado o texto, eu tomei um susto. Achei que não tinha resultado bem, mas acabei gostando. E fiquei feliz porque mostra que aquilo que escrevo tem alguma melodia, tem algum ritmo. Sempre digo aos tradutores: a única preocupação que eu tenho é de que as frases mantenham o ritmo."


A entrevista é fértil em ironia, como aquela que revela ao falar da pergunta mais absurda que lhe fizeram no Brasil, sobre a situação da escravatura em Angola, à qual respondeu:


"E o que você disse?
Eu disse, Olha, eu acho bom que você tenha colocado essa questão, porque é uma questão tão atual, e é um escândalo que continuem chegando ao Brasil navios carregados de escravos, e a Armada Britânica não consegue fazer nada. A menina ficou chocada e disse, É verdade isso, é verdade?? (Risos.)"
In VEJA, 4/6/2010; WIKIPÉDIA; José Eduardo Agualusa (foto)

quarta-feira, 4 de julho de 2012

ROTIMI BABATUNDE VENCEU O PRÉMIO CAINE 2012

Rotimi Babatunde


O escritor nigeriano Rotimi Babatunde venceu o Prémio Caine 2012, o prémio literário dos escritores africanos, com o conto Bombay's Republic, que fala de um soldado nigeriano, lutando em Burma, durante a II Guerra Mundial. Rotimi Babatunde vive no estado nigeriano de Ibadan.
O prémio foi recebido na Biblioteca Bodleian em Oxford.
Obras ficcionais e poemas de Rotimi Babatunde têm sido publicados em jornais africanos, europeus e americanos.
In SOWETAN LIVE, 4/7/2012; CBC NEWS, 3/7/2012; THE CAINE PRIZE, shortlisted writers for 2012.

ANDREW MURRAY (1828-1917) - RELIGIOSO E ESCRITOR SUL-AFRICANO

Andrew Murray


O pastor e escritor sul-africano Andrew Murray nasceu em Graaff Reinet, na África do Sul. Oriundo de uma família profundamente religiosa, o pai foi missionário da Igreja Reformada Holandesa e a mãe era descendente de huguenotes franceses e luteranos alemães, o seu futuro religioso cedo ficou determinado.
Andrew Murray fez os seus estudos em Aberdeen, na Escócia e, posteriormente, estudou teologia na Universidade de Utrecht.
A sua obra literária reflete o trabalho religioso que o ocupou ao longo da vida. Dela fazem parte os seguintes títulos: Abide in Christ; Absolute Surrender; Be PerfectDivine Healing; God's Will: Our Dwelling Place; etc.
In Wikipédia, Andrew Murray (foto).

terça-feira, 3 de julho de 2012

NOVO DICIONÁRIO PORTUGUÊS-KIKONGO



O escritor angolano Francisco Narciso Cobe vai proceder ao lançamento, na cidade de Uige, do novo Dicionário Português-Kikongo, concretizando um sonho de uma das suas áreas de formação científica - as ciências da linguagem.
O kikongo ou quicongo (igualmente conhecido por cabinda, congo, kongo ou kikoongo) é uma língua africana falada pelos bacongos nas províncias de Cabinda, Uíge e Zaire, no norte de Angola; e também no Baixo-Congo, na República Democrática do Congo e nas regiões limítrofes da República do Congo. O kikongo que era falado no antigo Reino do Congo, é uma das línguas nacionais de Angola, possuindo diversos dialetos.
In Chuza!, 3/7/2012; Wikipédia, Kikongo; Wikipédia, Reino do Kongo (mapa); Facebook (foto).


Francisco Narciso Cobe

ANOUAR BENMALEK (1956- ) - ESCRITOR FRANCO-ARGELINO



O escritor franco-argelino Anouar Benmalek nasceu em Casablanca, em 1956. Matemático de formação, ensina na Faculdade de Farmácia de Université Paris-Sud. Alguma imprensa francesa classifica-o como Faulkner mediterrânico.
É autor de uma extensa obra, onde figuram títulos como: Cortèges d' impatiences (1984, poesia);  La Barbarie (1986, ensaio); L'enfant du peuple ancien (2000, romance).
In Wikipédia (foto).

DESTRUIÇÃO DE MAUSOLÉUS EM TOMBUCTU



A cidade de Tombuctu, no Mali, considerada uma jóia africana, tem vindo a ser objeto de graves atos de vandalismo. Com efeito, seis dos 16 mausoléus que estão inscritos na lista de Património Mundial da Unesco, foram destruídos.
A denúncia da situação partiu do maliano Lassana Cissé do comité científico do ICOMOS (Conselho Internacional dos Monumentos e dos sítios) e responsável pelo património mundial no Mali.
A falta de apoio às populações, afasta qualquer possibilidade de se vir a por termo a tais atos.
A cidade de Tombuctu que fica situada às portas do deserto do Saara e a mil quilómetros da capital,  tem 30 mil habitantes. Considerada património da humanidade desde 1988, deve a sua fundação aos tuaregues. A prosperidade que alcançou, sobretudo nos séculos XV e XVI devido ao comércio das grandes caravanas, transformou-a no centro cultural e espiritual de África, a partir do qual se alargou o Islão para uma grande parte do continente. 
In Cláudia Carvalho, O que se está a passar em Tombuctu "é uma loucura", Público, 2/7/2012; Wikipédia (foto)

domingo, 1 de julho de 2012

JOSÉ EDUARDO AGUALUSA - ESCRITOR ANGOLANO



O escritor angolano José Eduardo Agualusa esteve em Fortaleza, no Brasil, onde deu uma entrevista ao jornal O Povo, em 18/6/2012. Nela falou da proximidade que tem havido, nos últimos tempos, entre o Brasil e Angola, e África de uma maneira geral.
Sobre a presença da literatura angolana em Portugal e a sua natural importância, José Eduardo Agualusa diz o seguinte:
"É curioso porque há uma série de escritores hoje em Portugal que tem origem angolana, são vários, não são apenas esses. O Gonçalo é um grande escritor. Eu acho que o Gonçalo é hoje no universo da língua portuguesa talvez a figura mais interessante. Das vozes mais novas evidentemente. Temos escritores mais velhos como o Lobo Antunes, que tem uma presença no mundo. Mas o Gonçalo é extremamente traduzido hoje e realmente é uma figura surpreendente. Então temos o Gonçalo, que é de Luanda; o Valter Hugo, que creio nasceu no norte da Angola; temos uma outra escritora, a Filipa Melo, que é também de origem angolana; e há mais ainda. Eu uma vez fiz uma lista e são muitos. Agora são pessoas que foram muito jovens para Portugal e que de uma maneira geral não têm uma relação muito forte com Angola. O Valter tem alguma. O Gonçalo menos:"
In O Povo, 18/6/2012; Rafa Lombardino - Notícias Literárias, 26/6/2012, Wikipédia (foto)

sexta-feira, 29 de junho de 2012

NANDINHO DYA PAXI - ESCRITOR ANGOLANO

O escritor angolano Nandinho Dya Paxi estreou-se com o livro de poemas A Falsa Profetiza (2010). Nandinho Dya Paxi é o pseudónimo literário de Domingos Carlos André Fernandes que escreve desde os 12 anos.
Para o próximo ano tem previsto lançar o seu primeiro livro em prosa, Massa com Peixe Seco.
In União dos Escritores Angolanos - Notícias; Platina Line, 24/9/2012 (com entrevista)

quarta-feira, 27 de junho de 2012

CALANE DA SILVA (1945- ) - ESCRITOR MOÇAMBICANO




O escritor moçambicano Calane da Silva vai publicar no dia 28 de Junho 2012, em Maputo,  um livro intitulado O Tamanho da Girafa. 
Calane da Silva é poeta, escritor e jornalista. Nasceu em Maputo. Coordenou a Gazeta Artes e Letras da revista Tempo. Tem uma extensa obra publicada, sobretudo no domínio da linguística.
In Inocêncio Albino, 27/6/2012; WikipédiaMoçambique para todos (foto).

LUCIANO CANHANGA - ESCRITOR ANGOLANO

Foto de perfil

O escritor Luciano Canhanga nasceu na comuna de Munenga, município de Líbolo, província de Kwanza Sul, em 1977. Jornalista de profissão tem colaborado em diversas rádios e jornais.
Luciano Canhaga estreou-se, em 2010, com o romance, Sonho de Kawia.
Publicou agora um conto infanto-juvenil, intitulado Manongo Nongo, vocacionado, sobretudo, para os mais novos.
Segundo o autor Manongo Nongo significa em língua Tchokwe, uma cerimónia festiva por ocasião do nascimento de uma criança.
In Angop Agência AngolaPress, 23/6/2012; Facebook (foto)

TAZUARY NKEITA - ESCRITOR ANGOLANO



Tazuary Nkeita é o pseudónimo do escritor e jornalista angolano José Soares Caetano, nascido em Luanda em 1956.
Publicou em 2001, a sua primeira obra 42.4 A voz dos Dibengos, crónicas romanceadas, e em 2005, A minha pulseira de ouro.
No dia 23/6/2012, lançou em Friburgo, na Suíça, a sua obra literária, O último segredo, congregando neste lançamento a comunidade angolana que vive naquela cidade suíça.
O romance narra a história de uma família de uma rua e de um bairro de uma grande cidade, na qual tem como protagonistas um casal, Tuluca e Yianda Dibaia, os filhos, a avó, alguns vizinhos, um dirigente municipal e dois bisnetos.Tuluca Dibaia, 40 anos, é a figura principal. Engenheiro de telecomunicações e ex-oficial do exército educado numa alta academia é enviado para a vida civil em circunstâncias especiais.
No lançamento da obra esteve presente o embaixador de Angola junto da Confederação Helvética, Osvaldo Varela, além de diversos funcionários da embaixada.
In Angop Agência AngolaPress, 27/6/2012, Angop Agência AngolaPress, 24/4/2012, Jornal de Angola, 4/12/2011 (foto).

quinta-feira, 14 de junho de 2012

MIA COUTO VENCE PRÉMIO LITERÁRIO AFD 2012

A obra Jerusalém do escritor moçambicano Mia Couto foi premiada com o Prémio AFD 2012. O romance foi publicado em França com o título O afinador de Silêncios, sendo considerado um dos livros de ficção mais importantes publicados em França em 2012.
O prémio foi-lhe entregue no Centro Cultural Franco-Moçambicano, numa cerimónia organizada pela Agência Francesa de Desenvolvimento.
Ver: O PAÍS online, 7/6/2012.