quinta-feira, 22 de novembro de 2012

MÁRIO FONSECA (1939-2009 ) - POETA CABO-VERDIANO



MÁRIO FONSECA


Mário Alberto de Almeida Fonseca nasceu na cidade da Praia, em Cabo Verde, em 1939. Foi professor de francês no Senegal, e trabalhou na Mauritânia e Turquia como administrador.
Mário Fonseca foi perseguido, em Portugal, durante o salazarismo.
A sua obra ficou espalhada em numerosas revistas e jornais como o «Boletim de Cabo Verde», a Folha literária e «Seló» que fundou nos anos sessenta, juntamente com outros poetas cabo-verdianos Arménio Vieira (Prémio Camões, 2009) e Osvaldo Osório.
Mário Fonseca participou em atividades da Associação de Escritores Afro-Asiáticos (Beijing, 1966), no Simpósio Literário Internacional contra o Apartheid (Brazaville, 1987) e nos Estados Gerais do Livro Francófono (Paris, 1989).
Obra poética: O Mar e as Rosas, que foi confiscado em Lisboa, em 1964, pela polícia política portuguesa, aquando o encerramento forçado da Associação de Escritores Portugueses; Près de la mer; e Mon pays est une Musique et Poissons. Tem a obra traduzida em diversos idiomas.
É irmão do atual Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca.
Fontes: ANTÓNIO MIRANDA; Expresso das Ilhas, 12/11/2012, (foto).

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

AGOSTINHO NETO E A LIBERTAÇÃO DE ANGOLA



AGOSTINHO NETO



Foi apresentado no dia 6, no Centro Cultural de Mindelo, São Vicente, Cabo Verde, o livro Agostinho Neto e a Libertação de Angola (1949-1974) - Arquivos da PIDE-DGS.
Trata-se de uma obra da autoria do jornalista e escritor António Francisco Adão Cortez, constituída por 5 volumes, fruto de uma investigação nos Arquivos da antiga PIDE-DGS.
A edição pertence à Fundação António Agostinho Neto (FAAN) em colaboração com a Fundação Amílcar Cabral, de Cabo Verde.
Agostinho Neto que nasceu em 1922 e faleceu em 1979, liderou o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e foi o primeiro Presidente de Angola (1975-1979. Como escritor deixou uma obra que abrange a poesia e a política.


Fontes:  O PAÍS, 19/11/2012; Wikipédia - Agostinho Neto

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

"POR AQUI TUDO BEM" DE POCAS PASCOAL


POCAS PASCOAL

O filme Por Aqui Tudo Bem da realizadora angolana Maria Pocas Pascoal, juntamente com o filme mexicano Drought, venceram os principais prémios do Festival de Cinema de Los Angeles.
Trata-se da história de duas irmãs que enfrentam dificuldades em Lisboa depois de fugirem à guerra civil em Angola.
Por Aqui Tudo Bem arrecadou o prémio da melhor ficção no festival.
Pocas Pascoal nasceu em 1963, em Angola. Estudou no Conservatório Livre Francês. Em 2002, juntamente com um grupo de artistas da Cité Internationale des Arts tomou parte em várias exposições de arte contemporânea.
Em 2003, dirigiu um documentário Há Sempre Alguém Que Te Ama que foi premiado pela Société Civile des Auteurs Multimedia e foi selecionado para vários festivais.


Fontes: Jornal Zwela Angola, 26/6/2012; Festival Scope.

KANGUIMBO ANANÁS LANÇA NOVO LIVRO




A escritora e psicóloga Kanguimbo Ananás, nascida em 3 de fevereiro de 1959, lançou um novo livro intitulado As Férias de Yahula. Trata-se de uma obra que retrata a história de dois estudantes que durante o tempo de férias, resolveram trabalhar voluntariamente na sua aldeia.
Kanguimbo Ananás tem já outros títulos publicados, como Seios do Deserto, O Avô Sabalo, Soba Kangueia e a Palavra, e O Regresso de Kambongue.

KANGUIMBO ANANÁS

Fontes: Jornal de Angola, 15/11/2012; Jornal de Angola (foto)

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

MEJA MWANGI (1948- ) - ESCRITOR QUENIANO

MEJA MWANGI



Meja Mwangi nasceu a 27 de dezembro de 1948, em Nanyuki, Quénia. Fez os seus primeiros estudos na sua cidade natal. Posteriormente, mudou-se para Nairobi, onde frequentou o Liceu Kenyatta. Trabalhou como operador de som de uma emissora francesa.
Da sua obra fazem parte livros como: Kill me Quick (1973), Carcaça para Cães (1974), The Taste of Death (1975), Going Down River Road (1976).
Venceu por diversas vezes o Prémio Kenyatta e a importância da obra literária de Meja Mwangi foi já reconhecida pela Associação dos Escritores Afro-Asiáticos que o distinguiu com o Prémio Lotus em 1978.
Entre os temas tratados por Meja Mwangi figuram a luta de libertação do povo queniano contra a opressão britânica, as condições de vida dos trabalhadores quenianos, e as dificuldades que os jovens enfrentam face ao caráter anti-humano da sociedade capitalista.
A obra de Meja Mwangi encontra-se traduzida em em alemão, russo, japonês, português.
Fontes: Meja Mwangi, Wikipédia; UNIONVERLAG, foto; Meja  Mwangi (1980), Carcaça para Cães, Lisboa, Edições 70.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

FESTIVAL BERLINDA - EXPOSIÇÃO "DIÁLOGOS"




No âmbito do Festival Berlinda vai estar patente ao público, em Berlim, nos meses de outubro/novembro, uma exposição intitulada "Diálogos" dos pintores Manuela Sambo (Angola) e Pedro Boese (Moçambique).
Manuela Sambo nasceu em 1964, mudando-se em 1984 para a República Democrática Alemã, onde o seu interesse pelas artes visuais foi despertado pela consciência das suas origens africanas. Sambo vive e trabalha em Berlim.

MANUELA SAMBO

Pedro Boese nasceu na Beira, Moçambique e estudou artes plásticas na Universidade das Artes de Maastricht, Holanda, onde se graduou em pintura e gravura. De 1998 a 2001 fez uma pós-graduação no Institut fur Kunst im Kontext da Universidade das Artes de Berlim. O circulo e o retângulo têm um significado relevante nas suas pinturas. Como Sambo, vive e trabalha em Berlim.

grides and groves (2010) de Pedro Boese, foto de Jorg Burggraf (Wikipédia)


ONDJAKI NO FESTIVAL BERLINDA


ONDJAKI, foto de Michael Hughes

O poeta e escritor angolano Ondjaki vai ler e apresentar excertos da sua obra e do seu novo romance Os Transparentes, no Festival Berlinda, em Berlim (6/11/2012).
Ondjaki que também se dedica à atividade teatral e à pintura, nasceu em Luanda em 1977. Começou por fazer os seus primeiros estudos em Angola, seguindo, posteriormente, para Lisboa onde se licenciou em Sociologia.
O seu primeiro livro Actu Sanguíneu foi publicado em 2000. A sua obra está traduzida em diversas línguas, entre elas francês, inglês, alemão, italiano, espanhol e chinês. Em 2010, recebeu no Brasil um dos mais importantes prémios literários brasileiros, o prémio Jabuti, na categoria juvenil, com o romance Avó Dezanove e o Segredo do Soviético. Ondjaki mora atualmente no Rio de Janeiro.
Fonte: BERLINDA, blog.