segunda-feira, 27 de setembro de 2010

ABDULAI SILÁ - ESCRITOR GUINEENSE

Abdulai Silá (Catió, Guiné-Bissau, 1958) é o autor do que é considerado o primeiro romance guineense, Eterna Paixão (1994). Trata-se de um romance que se centra na transformação pós-colonial da sociedade guineense.
No campo a cultura, Abdulai Silá foi um dos co-fundadores da primeira editora privada do país, a Ku Si Mon Editora, e da revista cultural Tcholona.Da sua bibliografia constam ainda os romances A Última Tragédia (1995) e Mistida (1997) e o drama Orações de Mansata (2007).

in http://pt.wikipedia.org/wiki/Abdulai_Silla

TAHAR OUETTAR (1936-2010) - ESCRITOR ARGELINO

Tahar Ouettar faleceu, no dia 12 de Agosto de 2010, após doença prolongada.
Nasceu em Sedrata (Wilaya de Souk-Ahras), em 1936.
Era considerado uma das figuras literárias argelinas de maior relevo. Ouettar, que fez os seus estudos na célebre escola Zeitouna de Tunes, tinha traduzidos em várias línguas diversos romances e peças de teatro. Fez igualmente parte dos melhores alunos da escola da associação de Ulémas.
O seu percurso de escritor começou, em 1955, com a publicação de notícias na imprensa tunisina. Tornou-se conhecido graças à novela Noua que foi adaptada à televisão.
O seu primeiro romance O Ás (1971) conheceu grande sucesso, inaugurando uma série de publicações de obras literárias. Desde 1989, presidia à associação cultural Al Jahidya. Entre as principais obras de Ouettar figuram Al-Zilzal (1974), Les noces de mulet (1988) e Os mártires regressam esta semana que foi adaptada ao teatro e recebei o primeiro prémio do festival de Cartago.

in http://www.latribune-online.com/l_info_en_continu/38427.html

sábado, 25 de setembro de 2010

KANGUIMBO ANANÁS - POETISA E AUTORA DE LITERATURA INFANTIL

A escritora angolana Kanguimbo Ananás publicou uma obra infantil, Soba Kangueia que está a ser traduzida para o italiano.
O livro retrata a história de dois jovens do campo que para poderem frequentar a universidade têm de emigrar para a cidade. Na cidade os dois jovens deparam com inúmeras dificuldades para poderem fazer pesquisas sobre a cultura do país. Essas dificuldades só serão ultrapassadas depois de conhecerem um soba que lhes conta histórias, fala-lhes sobre contos, danças e outros aspectos da cultura tradicional.

in http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/lazer-e-cultura/2010/5/24/Escritora-Kanguimbo-autografa-obra-Soba-Kangueia,566f41f8-f215-410c-b8c5-2a0a816f54d9.html

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

RUY DUARTE CARVALHO (1941-2010)

Faleceu dia 12 de Agosto, na cidade de Swakopmund, na Namíbia, o escritor, poeta, cineasta, artista plástico e antropólogo angolano Ruy Duarte Carvalho. Apesar de ter nascido em Santarém (Portugal), Ruy Duarte Carvalho veio a adoptar a nacionalidade angolana.
Foi Professor na Universidade de Luanda e Professor convidado nas Universidades de Coimbra (Portugal) e S. Paulo (Brasil).
Escreveu cerca de 20 livros que abrangem a poesia, a ficção, as viagens e ensaios. Na sua obra de natureza antropológica figuram Vou lá visitar pastores (1999), sobre os Kuvale, uma sociedade pastoril do sudoeste de Angola; Chão de Oferta (1972); A Decisão da Idade (1976); Observação Directa (2000). No campo ficcional publicou: Actas de Maianga (2003); Os Papéis do Inglês (2000); Como se o Mundo não tivesse Leste (1977); Lavra; Paisagens Propícias; e Desmedida. Recebeu diversos prémios.
Estudou cinema em Londres, tendo realizado diversos documentários sobre a população do sul de Angola. Da sua filmografia constam ainda os filmes Nelisita: narrativas nyaneka, de 1982 e Moia: o recado das Ilhas, realizado em 1989.
in http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=10503648&indice=0&canal=403
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ruy_Duarte_de_Carvalho

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

MARCOS NTANGU (1966-2010) - ARTISTA PLÁSTICO

Faleceu, recentemente, o artista plástico angolano Marcos Ntangu, nascido na província do Uíge.
Marcos Ntangu estudou no Instituto Técnico Industrial de Luanda e na Academia de Belas Artes, na República Democrática do Congo. Aprendeu a técnica da pintura sobre veludo com o pintor Pululu, também já falecido.
Era membro da União Nacional dos Artistas Plásticos ( UNAP) desde 1994.
Ntangu recebeu ao longo da sua carreira aos alguns prémios, designadamente o 1.º Prémio da Associação Nacional da República do Congo Brazaville na VII Bienal do CICIBA - Centro Internacional da Civilização Bantu e do Grande Prémio de Ensa-Arte 2006, Luanda.
Os seus quadros encontram-se espalhados por numerosas colecções públicas e privadas, tanto em Angola como no estrangeiro.
in http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/lazer-e-cultura/2010/7/31/Morreu-artista-plastico-angolano-Marcos-Ntangu,c0f78a69-6aaf-4c31-93be-adf433a03f87.html

FAUSTO DUARTE (1903-1955)

Fausto Duarte, seguindo a divisão cronológica proposta por Filomena Embaló, enquadra-se na 1.ª fase da Literatura da Guiné-Bissau, ou seja no período anterior a 1945, constituída por autores marcados por um cunho colonial. Óscar Lopes e António José Saraiva viram em Fausto Duarte e autores que lhe estavam próximos, uma tendência para "exaltar a exuberância, a sensualidade e a cor da vida tropical".
Fausto Duarte, apesar de oriundo de Cabo Verde, construiu a sua obra alicerçada na sua experiência de vida na Guiné. O seu trabalho mereceu o reconhecimento público dos seus conterrâneos que o premiaram. Escreveu: Auá (Novela Negra) (1934), O Negro sem alma (1935), A Revolta (1943), e Foram estes os vencidos (contos) (1945).

"A MORTE DO OUVIDOR" DE GERMANO ALMEIDA

O escritor cabo-verdiano Germano Almeida (n. 1945) publicou um novo livro com o título A Morte do Ouvidor. O livro trata de um acontecimento histórico, do período pombalino, que envolveu a prisão de António de Barros Bezerra de Oliveira, acusado da autoria moral do assassinato de João Vieira de Andrade, ouvidor-geral de Cabo Verde.
Germano Almeida é autor d' O Testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo (1989) e Memórias de um Espírito (2001).
Ver Eduardo Pitta, Ouvir além da conta, in PÚBLICO, 6/8/2010, pp. 43-44.

terça-feira, 27 de julho de 2010

AZIZA ALAOUI - UMA PINTORA MARROQUINA

Esta pintora marroquina apresentou ao público, recentemente, uma exposição na galeria da Embaixada de Marrocos, na Alemanha, com o sugestivo nome "Encontros".
Segundo Omar Lachheb, as obras de Aziza Alaoui "declinam-se através de reflexos de cores e de luz, como uma forma de diálogo entre as diferentes culturas, e surge delas uma harmonia criativa que valoriza diferentes componentes culturais".
A pintora de cultura universal e cosmopolita, criou uma obra de múltiplos afluentes, como uma árvore, cujas raízes estão em Marrocos, enquanto os ramos estão em contacto com várias civilizações e países, especialmente a Alemanha, país de origem materna e o México onde reside há 18 anos com o seu marido mexicano.
Aziza Alaoui assume-se como sendo um pouco influenciada pelo impressionismo, sem renunciar à sua ligação à corrente abstracta.
Aziza Alaoui viu já as suas obras expostas, em exposições individuais e colectivas, em Marrocos, Espanha, França, México e nos Emiratos Árabes Unidos.
in Agence Maghreb Arab Presse, 24/6/2010.
http://www.map.ma/es/sections/cultura/las_obras_de_la_pint/view

quarta-feira, 14 de julho de 2010

MARLENE DUMAS - PINTORA SUL-AFRICANA EXPÕE NO MUSEU DE SERRALVES

A artista, nascida na cidade do Cabo em 1953, apresenta a exposição "Contra o Muro" que tem como pano de fundo o conflito que opõe Israel e a Palestina. Ao primeiro olhar, os trabalhos poderão ser interpretados como pró-palestinianos. No entanto, não é essa a ideia da artista que como ela diz, o ter vivido o "apartheid" na África do Sul e ter lutado contra esse regime, não fez que visse todos os negros como anjos e os brancos como demónios. Para ela o que está em causa "é o ver o outro como inimigo".
in MARLENE DUMAS UMA PINTORA DA VIDA MODERNA, de José Marmeleiro (textos) e Paulo Pimenta (fotos), ÍPSILON (PÚBLICO), 9/7/2010, pp. 6-11.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

MANIFESTAÇÕES LITERÁRIAS PRECURSORAS DA ANGOLANIDADE

Segundo José Carlos Venâncio, as primeiras manifestações literárias que esteticamente poderão ser consideradas precursoras da angolanidade encontram-se a partir de 1880, num jornalismo que se torna politicamente mais activo e denunciador da situação colonial a que Angola estava submetida, agravada ainda com o fraco desenvolvimento económico-social da potência colonizadora. Os periódicos O Echo de Angola, O Futuro de Angola, , O Pharol de Angola são já praticamente controlados por africanos.
Na imprensa anterior tinham surgido outros títulos: o Boletim Oficial, iniciado, em 1845, pelo governador Pedro Alexandrino da Cunha, foi seguido de muitos outros jornais (A Aurora, O Cruzeiro do Sul, O Echo de Angola, O Pharol de Angola), cujos títulos denunciavam uma carga ideológica influenciada pelas ideias que circulavam na Europa, e em Portugal tinham sido adoptadas pela "geração de 70": o positivismo de A. Comte, o anti-clericalismo, o cientismo.
in José Carlos Venâncio (1992) Uma Perspectiva Etnológica da Literatura Angolana, 2.ª ed., Ulmeiro, Lisboa, p. 20.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

LITERATURA ANGOLANA - BIBLIOGRAFIA

Visando o estudo da angolanidade, José Carlos Venâncio publicou há uns anos Uma perspectiva Etnológica da Literatura Angolana.
Nele pretende estudar a primeira fase do desenvolvimento da angolanidade, que segundo ele, termina com a independência de Angola (1975) e durante o qual o espaço angolano foi palco de duas componentes culturais: a africana (sobretudo a de expressão kimbundu) e a europeia/ portuguesa.
Na segunda fase, para além daquelas componentes culturais surge uma outra: a presença cubana.
Desta obra há, pelo menos, uma 2.ª edição editada pela Ulmeiro, Lisboa.

PATRIMÓNIO TIGRÉ

Um novo livro em língua tigré, intitulado Mieras (Património) foi apresentado ao público pelos autores, Musa Aron e Dessale Berekhet.
O livro foca, principalmente, a tradição oral do grupo étnico tigré.
Musa Aron tem escrito e traduzido muitos livros nas línguas tigrina e tigré.
A língua tigré tem cerca de 1,5 milhão de falantes, sobretudo na Eritreia. O tigré conta também com um número reduzido de falantes no Sudão.
Para a redacção desta obra os autores usaram como fonte um livro escrito à cerca de 100 anos pelo académico eritreu Nefae Etman e um professor alemão, Eno Litman.
in http://www.shaebia.org/artman/publish/article_6225.shtml de 29/6/2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010

MATIAS NTUNDO - ARTISTA MOÇAMBICANO

O artista moçambicano Matias Ntundo apresentou a público, a partir do dia 8 de Junho de 2010, na Fortaleza de Maputo, a exposição Gravuras , 1982-2010. A exposição foi patrocinada pela Embaixada de Espanha.
Esta é a primeiro exposição individual de Matias Ntundo que conta já uma larga experiência artística iniciada em 1962, quando começou a esculpir na sua aldeia natal Nandimba, perto de Mueda, em Cabo Delgado.
Foi também publicado um livro que de uma forma mais extensa, documenta o que tem sido o trabalho de Matias Ntunda.
O curador da exposição, Gianfranco Gondolfo disse que esta exposição «é uma espécie de reconstrução da história da produção artística de Ntundo, que retrata a arte maconde nestas xilogravuras».
in http://noticias.sapo.mz/info/artigo/1070523.html; http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=1&id=11&idRec=8055

quarta-feira, 9 de junho de 2010

ADELINO TIMÓTEO - POETA E ARTISTA PLÁSTICO MOÇAMBICANO

Não Pária é o título da obra mais recente de Adelino Timóteo, lançada na cidade da Beira. Trata-se um romance publicado sob a chancela da editora moçambicana Alcance Editora. A sua apresentação esteve a cargo do escritor Ungulani Ba Ka Khosa que também, recentemente, lançou um livro, Choriro.
Adelino Timóteo, poeta e jornalista, nasceu na Beira, em 1970, onde reside.
Para além deste título, publicou em 1999, pela AEMO, o seu primeiro livro de poesia, Os Segredos da Arte de Amar, e em 2002, Viagem à Grécia Através da ilha de Moçambique, na Editorial Ndjira.
in http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/1031971; e http://espacotempo.wordpress.com/2006/05/28/entrevista-com-adelino-timoteo/

RICARDO RANGEL (1924-2009) - FOTÓGRAFO E FOTOJORNALISTA MOÇAMBICANO

Revisitar Ricardo Rangel é o título de uma exposição que vai abrir dia 10 de Junho de 2010, no espaço Kulungwana (Associação Para o Desenvolvimento Cultural), na zona da Estação dos Caminhos de Ferro, em Maputo.
A exposição estará patente ao público até ao dia 15 de Julho. No catálogo, Luís Bernardo Honwana afirma que estão presentes algumas das imagens de referência do espólio artístico do fotógrafo. São imagens de operários em plena actividade ou em repouso, um velho pescador trabalhando a rede e mulheres, que perante a falta de água, correm a "mungir" uma locomotiva.
in http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/1031971

domingo, 7 de fevereiro de 2010

LITERATURA DA GUINÉ-BISSAU

Filomena Embaló publicou na revista electrónica "O Patifúndio" (21/09/2009) um artigo em que traça o panorama da literatura da Guiné-Bissau.
Em termos cronológicos, define quatro fases:
1 - Anterior a 1945 - a dos autores marcados por um cunho colonial;
2 - Entre 1945 e 1970 - caracterizada por uma poesia de combate;
3 - Dos anos de 1970 aos anos de 1980 - uma literatura exclusivamente poética, que vai da poesia de combate à poesia intimista;
4 -A partir da década de 1990 - uma poesia mais intimista e o aparecimento de trabalhos em prosa.
in http://opatifundio.com